ZL reclama do pouco investimento na Saúde, em 2014

Área terá orçamento de R$ 8 bilhões, mas população reclama que a Zona Leste foi esquecida e continuará abandonada

comissao_financa_saude-b_03A Comissão de Finanças e Orçamento, excepcionalmente presidida pelo vereador Aurélio Nomura, realizou hoje (29/10) a audiência pública para debater os investimentos para a Saúde previstos no Orçamento e no Plano Plurianual. A principal reclamação da população é que os recursos não contemplam a Zona Leste, uma das mais carentes da capital paulista.

Entre os principais problemas apontados estão a falta de médicos e de equipamentos públicos de saúde. De acordo com Roberto de Carvalho, representante do Movimento Popular de Saúde, na Penha os problemas são vários. “Pedimos que o Orçamento inclua um centro de reabilitação e uma unidade de saúde de referência do idoso na nossa região”, sugeriu.

Já o representante do Movimento de Resistência do Orçamento Participativo, Fábio Siqueira, chamou a atenção para Guaianases. “Não vi nada nesse Orçamento previsto para Guaianases e Lajeado e são dois distritos que precisam de muitos investimentos”, afirmou. Segundo ele, a insegurança na Zona Leste seria um dos problemas que afastam os médicos das Unidades Básicas de Saúde “No Jardim Romano o único clínico que tinha foi assaltado e não está atendendo”, afirmou.

A peça orçamentária prevê para o próximo ano investimentos de mais de R$ 8 bilhões para a Saúde. A representante do Grande Conselho Municipal do Idoso, Maria do Socorro, reclamou que o Orçamento não foi debatido com os conselhos. “Ninguém discutiu as propostas com os conselheiros”, afirmou.  A representante do Movimento Popular de Saúde da Zona Leste, Maria Adenilda Mastelaro, ressaltou que “o Conselho precisaria conhecer o projeto antes de ele ter vindo para a Câmara”.

Pouca participação

A audiência pública teve pouca participação popular e os secretários convidados ou não compareceram ou mandaram subordinados para explicar as peças orçamentárias. Essa postura foi considerada um desrespeito para com o Legislativo. “É lamentável o não comparecimento dos superintendentes da Autarquia Hospitalar Municipal, Roberto Morimoto, e do Serviço Funerário Municipal, Sérgio Trani. Pelo visto, os hospitais municipais não têm nenhum problema”, ironizou o vereador Aurélio Nomura. “Por outro lado, gostaríamos de ouvir o Sr. Trani que compareceu a uma audiência pública da Comissão de Finanças, no início de setembro, para explicar o péssimo serviço prestado pela SF e de lá para cá, a situação só piorou”, destacou o parlamentar.

A falha de comunicação, que resultou no baixíssimo número de pessoas presentes à audiência pública, e a ausência de secretários e superintendentes convidados geraram críticas do público e da Comissão. “Precisamos ampliar os meios para que toda a população venha a este debate e motive os conselhos populares a também participar. Os secretários e superintendentes precisam comparecer às audiências e não mandar representantes”, enfatizou o vereador Aurélio Nomura.

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