O vereador Aurélio Nomura presidiu a 6ª edição do Prêmio Colar Guilherme de Almeida, premiação institucional da Câmara Municipal de São Paulo às pessoas que contribuíram para as artes e a cultura em suas diversas manifestações.  A cerimônia aconteceu dia 27 de junho no Plenário 1º de Maio.

A premiação, com o objetivo de relembrar e perpetuar a importância do poeta, foi instituída por meio da Resolução 5/2015 e proposta pelos vereadores Aurélio Nomura, Toninho Paiva e Reis.

Em seu discurso, além de destacar a importância de Guilherme de Almeida para as artes e cultura brasileiras, o vereador Nomura ressaltou a forte ligação do poeta com cultura japonesa. “Guilherme de Almeida foi divulgador no Brasil do haikai (poesia tradicional de origem japonesa) e foi um dos idealizadores da Aliança Cultural Brasil-Japão, hoje a maior instituição de ensino de língua japonesa e difusão da cultura japonesa no Brasil”, disse Nomura. “Nosso Príncipe dos Poetas, como foi carinhosamente chamado, não só valorizava a cultura e as tradições japonesas como também captou a importância para sua difusão no nosso País”, completou o parlamentar.

Nomura lembrou em sua fala que na época do pós-guerra em que a própria comunidade japonesa no Brasil vivia um período difícil e conturbado, de divisionismo entre os membros, Guilherme de Almeida percebeu a necessidade de se promover de volta a união, com a criação de uma entidade significativa – a Aliança Cultural Brasil-Japão, da qual o poeta se tornou também o primeiro presidente.

 Da mesma forma, Guilherme de Almeida se dedicou para que se tornasse realidade outro marco dos japoneses no Brasil, o Pavilhão Japonês, no Parque do Ibirapuera, construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira, e que foi doado à cidade de São Paulo, em 1954, na comemoração do IV Centenário de sua fundação.

“O Prêmio Colar Guilherme de Almeida, entregue anualmente no mês de junho, é carregado de simbolismo e de identificação com a cultura japonesa”, observou ainda o vereador Aurélio Nomura. “Além da dedicação do poeta na difusão das tradições japonesas, é em junho que comemoramos o aniversário da imigração japonesa ao Brasil, que completou 114 anos no último dia 18 de junho; e também o Dia Internacional do Nikkey, comemorado no dia 20 de junho, Lei que tive a honra de ser o autor. Hoje, a comunidade japonesa no Brasil tem muito a agradecer a Guilherme de Almeida pelo respeito e pela preocupação em levar a todos os brasileiros o conhecimento da milenar cultura dos meus pais e avós”, destacou Nomura.

O Colar Guilherme de Almeida é concedido anualmente a até nove homenageados – pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que tenham prestado colaboração relevante à literatura, ao cinema, ao teatro, à música, às artes plásticas e a outras formas artístico-culturais de manifestação, bem como à preservação e à divulgação da história da cidade de São Paulo.

A decisão é de uma comissão composta por até dois representantes de cada uma dessas entidades: Museu Casa Guilherme de Almeida, Sociedade Veteranos de 32 – MMDC, Academia Paulista de Letras, Academia Paulista de História, Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e Centro de Memória Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Um representante do Museu Casa Guilherme de Almeida deve exercer também a presidência da comissão.

Os homenageados dessa 6ª premiação Colar Guilherme de Almeida são:

  • Dalila Teles Veras – Poeta, cronista, editora e ativista cultural, com forte histórico de atuação em São Paulo
  • José Carlos de Porangaba Martins, conhecido como Martins de Porangaba – pintor, desenhista e gravador e professor de artes plásticas
  • Dr. Umberto Luiz Borges D’Urso – advogado criminal, mestre em Direito Político e Econômico, pós-graduado “Lato Sensu” em Direito Penal e Diretor de Cultura e Eventos da OAB/SP nas gestões de 2004/2018.
  • CETRASA – Centro das Tradições de Santo Amaro que desde sua fundação participou de quase todos os movimentos em Santo Amaro, sempre em defesa das histórias e tradições do patrimônio cultural ou em defesa do próprio bairro.
  • Maria Adelaide Amaral – jornalista, romancista, dramaturga e telenovelista ganhadora do Prêmio Jabuti de 1986 de melhor romance com o livro “Luisa – Quase uma História de Amor”.
  • Rubens Antonio Barbosa – diplomata de carreira, com larga experiência em direito internacional público e política externa e colaborador de vários jornais.
  • Silvio Santisteban – com formação em Educação Musical e Artística tendo já se apresentado em diversos programas musicais no Brasil e no Exterior.
  • Memorial de 32 – Centro de Estudos José Celestino Bourroul –  localizado no edifício do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, reúne em um só lugar todas as memórias, pesquisas históricas e documentos sobre a Revolução Constitucionalista de 1932.
  • Faculdade de Belas Artes – Uma das mais importantes e tradicionais instituições de ensino das artes no Brasil, fundado em 23 de setembro de 1925

“A cultura traz para a sociedade conhecimentos e riquezas sem igual e é fundamental para o crescimento do ser humano. Por isso, quanto mais pessoas atuarem na difusão e preservação dessas áreas, levando-as para todos os cantos da nossa cidade e mais políticas públicas forem criadas para que todos tenham acesso às manifestações artísticas, mais humana será a nossa cidade e mais completa será a formação dos nossos jovens”, ressaltou Nomura. “Arte é inclusão, é uma porta de entrada para que tenhamos uma sociedade mais justa e mais humana”, finalizou o presidente da sessão, vereador Aurélio Nomura.

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