Projeto de Lei 587/2013 tem falhas que colocam em risco usuários de fretados

Ao descartar exigências importantes, Prefeitura piora condições para passageiros que dependem desse tipo de transporte

Vereador Aurélio Nomura durante sessão plenária
Imagem: Luiz França/CMSP

No primeiro discurso pós-eleição realizado em 7 de outubro, no Plenário na Câmara Municipal, o vereador Aurélio Nomura iniciou sua fala cumprimentando o líder do PSDB Floriano Pesaro , o vereador Coronel Telhada e os demais parlamentares que conseguiram se eleger no último domingo para mandatos de deputados estaduais e federais a partir de 2015.

Na sequência, o parlamentar se posicionou contra o Projeto de Lei 587/2013, do Executivo, que dispõe sobre a atividade de fretados no âmbito do município de São Paulo. “Com a aprovação desse projeto, as empresas de fretamento não terão mais nenhuma obrigação para com a cidade, apesar de continuarem a usar a infraestrutura e colocar em risco a vida dos passageiros”, pontuou Aurélio Nomura.

O argumento da Prefeitura é o de adequar a Lei nº 14.971, de 25 de agosto de 2009, de forma a assegurar a prestação de um serviço condizente com as condições de mobilidade da cidade e, ao mesmo tempo, preservar o exercício da atividade devidamente regularizada.

“O que se faz, na verdade é um retrocesso”, afirmou o vereador.  “O projeto da Prefeitura deixa de exigir das empresas de fretamento a obtenção do Termo de Autorização (TA) e do Certificado de Vínculo ao Serviços (CVS), cujos veículos utilizem as vias da cidade, e dispensa, de maneira arriscada, a apresentação da autorização de fretamento emitida por outro município, caso a prestação do serviço seja feita exclusivamente na cidade de São Paulo”, enfatizou.

O vereador lembrou ainda que o projeto põe fim à necessidade de os veículos fazerem inspeção veicular e dispensa a instalação de GPS nos fretados, hoje considerado um equipamento de segurança. “Ao acabar com essas várias exigências importantes, na verdade a Prefeitura está piorando as condições para os passageiros que dependem todos os dias desse tipo de fretamento”, afirmou Aurélio Nomura. “Além disso, ao afrouxar as exigências, afrouxa-se a vigilância, e isso, como sabemos, abre a possibilidade de entrada de inescrupulosos e dá margens às atividades clandestinas.”

A bancada do PSDB já apresentou um substitutivo que corrige todas as falhas do projeto de lei do Executivo. Como a discussão ainda está na fase 1, o que o vereador Aurélio Nomura defende é que o debate seja aprofundado e os ajustes necessários sejam feitos no projeto.

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