“Não se combate o preconceito com ideologia de gênero”, defende tucano

Na Comissão de Finanças, Vereador Aurélio Nomura votou contra relatório sobre PL 415/2012, do Executivo, que aprova  Plano Municipal de Educação com itens polêmicos 

Com o Plenário repleto de defensores do direito à família de um lado e do Estado Laico de outro, a reunião da Comissão de Finanças e Orçamento foi realizada na manhã desta quarta-feira (10 de junho) em um clima tumultuado. Na pauta, a votação do relatório sobre o Projeto de Lei  415/2012, de autoria do Executivo, que aprova o Plano Municipal de Educação (PME) da cidade de São Paulo para o período de dez anos.

A polêmica envolvendo o assunto se deu por conta da Meta 22 estabelecida no PME, que trata da ideologia de gênero. O relatório apresentado foi rejeitado por 7 votos a 1. Os votos em separados também foram rejeitados e agora a proposta receberá substitutivos antes de ser apreciada novamente.

Desfavorável à inclusão de gênero no PME, o vereador Aurélio Nomura justificou seu voto contrário ao comentar que a questão de ideologia de gênero foi retirada do Plano Nacional de Educação (que orienta os Planos Municipais de Educação), tal a polêmica e críticas que gerou, mas foi incluído no Plano Municipal da Educação de São Paulo.

“Não há dúvidas de que é preciso combater todo tipo de discriminação, seja sexual, social, racial, de condição econômica etc., mas não se faz isso ensinando às crianças que elas nascem sem um sexo biologicamente determinado”, defendeu o parlamentar do PSDB.

Na avaliação dele, o que a educação precisa urgentemente é de qualidade. “É aumentar o número de vagas nas creches para as crianças, é traçar um plano sério e eficiente para acabar de fato com o analfabetismo no País, é valorizar a carreira de professores com salários dignos”, enfatizou.

De acordo com o tucano, ao defender a inserção da ideologia do gênero no PME, o que se impõe para as salas de aula são doutrinas sem o consentimento de pais e de famílias. “Para os defensores,  quando a criança nasce não é homem nem mulher.  Masculinidade e feminilidade são meras construções sociais impostas ao ser humano, através da família, da educação e da sociedade, e que devem ser desconstruídas”, criticou.

___________________________________________________________________________                   *Vereador Aurélio Nomura é membro da Comissão de Finanças e Orçamento

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