Pavilhão Japonês

Pavilhão Japonês ganha novos olhares com a concessão do Parque do Ibirapuera

O espaço está sendo cotado para receber restaurante de culinária japonesa, com isso a administração pretende movimentar e dar mais visibilidade ao local

Na última quarta-feira, 07 de fevereiro, o vereador Aurélio Nomura esteve com o secretário de Desestatização e Parceria da Prefeitura de São Paulo, Wilson Poit, com representantes da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo) Léo Ota e Eduardo Nakashima, além do arquiteto Eiji Hayakawa, para discutir os novos rumos e investimentos para o Pavilhão Japonês, no Parque do Ibirapuera.

Como parte do Programa de Desestatização anunciado pelo prefeito João Doria e aprovado pelos vereadores da Câmara Municipal de São Paulo, cuja articulação ficou por conta do vereador Aurélio Nomura, o Parque do Ibirapuera passa por um processo de concessão à iniciativa privada, porém o Pavilhão Japonês está fora desta concessão e continuará sob a administração da Bunkyo.

Para o presidente da Comissão de Administração do Pavilhão Japonês, Léo Ota, este um momento importante para rever a infraestrutura do espaço e adequá-la para acolher esta população que passará a frequentar o parque. “É muito importante a revitalização do Pavilhão Japonês, sobretudo neste momento que celebramos os 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil. Por isso estamos criando um projeto que visa criar um espaço multiuso e um restaurante japonês para atrair este público”.

De acordo com o secretário Wilson Poit, já existem investidores interesWhatsApp Image 2018-02-07 at 16.09.27sados no Pavilhão. “O Parque receberá investimentos importantes e se tornará um espaço onde as famílias vão querer passar o dia, por isso os investidores já estão enxergando o Pavilhão como um local muito apropriado para alocar um restaurante”, explicou.

Outro assunto tratado nesta reunião foi a integração do Pavilhão com o Monumento dos Imigrantes já aprovado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).

O Pavilhão Japonês

Construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira, o Pavilhão Japonês foi doado à cidade de São Paulo, em 1954, na comemoração do IV Centenário de sua fundação. Naquela época estava sendo inaugurado o Parque do Ibirapuera, marco do IV Centenário.

Coube a Oscar Niemeyer a responsabilidade pelo projeto arquitetônico do Parque, mas entre os espaços idealizados pelo arquiteto uma construção não apresenta seus traços. Trata-se do Pavilhão Japonês, que tem como principal característica o emprego dos materiais e técnicas tradicionais japonesas, tendo como referência o Palácio Katsura, antiga residência de verão do Imperador em Kyoto.

O Pavilhão Japonês foi transportado desmontado, em navio, e reúne materiais trazidos especialmente do Japão, tais como as madeiras, pedras vulcânicas do jardim, lama de Kyoto que dá textura às paredes, entre outros.

Sua construção aqui contou com numerosos imigrantes japoneses que atuaram como voluntários para auxiliar o corpo técnico vindo do Japão. O Pavilhão ocupa uma área de 7.500 m² às margens do lago do Parque e é composto de um edifício principal suspenso, que se articula em um salão nobre e diversas salas anexas, salão de exposição, jardim, além de um belíssimo lago de carpas.

Confira o vídeo sobre a reunião:

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