Comissão de Meio Ambiente debate futura obra em laje corporativa do Banespa

Presidente da Comissão, vereador Aurélio Nomura, sugere audiência pública no bairro de Pirituba para discutir o assunto diretamente com a comunidade local

comissao-ambiente_0123Nesta quinta-feira (12/12), a Comissão Extraordinária do Meio Ambiente, presidida pelo vereador Aurélio Nomura, realizou uma reunião para discutir o início das construções na laje corporativa das antigas instalações do Núcleo Administrativo do Banespa, em Pirituba.

Para tratar do assunto, a Comissão convidou a SVMA (Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente), a SEL (Secretaria Municipal de Licenciamento), a Subprefeitura de Pirituba/Jaraguá, a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo, o Departamento de Estudos dos Polos Geradores de Tráfego, da CET, a ACSP (Associação Comercial Distrital Noroeste), representantes do empreendimento, companhias de reciclagem e movimentos populares da região.

Convidados para dar informações sobre o assunto, a representante do empreendimento, Geralda Cornélio, gestora da empresa Log Commercial Properties, não compareceu apesar de ter confirmado a presença na secretaria da Comissão e também ao gabinete do vereador Aurélio Nomura. Segundo o advogado da empresa, presente na reunião, a Log aguarda o processo administrativo para dar início às obras.  Porém, fotos feitas no local por entidades representes dos moradores da região mostram que a empresa já iniciou a movimentação.

“O Log, por meio do seu advogado, afirma que aguarda autorização para começar as obras, mas as fotos nos mostram justamente o contrário”, disse, inconformado, o presidente da Comissão. Já o representante da Subprefeitura de Pirituba, Miguel Lima, explicou que não pode tomar nenhuma atitude, pois a obra é licenciada pela Secretaria de Licenciamento, mas afirmou que vai vai fiscalizar.

O vereador Aurélio Nomura aproveitou a ocasião para sugerir uma audiência pública para debater o assunto com os moradores do bairro de Pirituba. “Devemos fazer uma audiência pública logo no começo do ano para discutir o projeto, e resolver, ou tentar entender o que aconteceu com relação a essas aprovações. O que me parece é que existem ainda inúmeras irregularidades para serem levantadas”, afirmou.

Igualmente convidado, o representante da Secretaria de Licenciamento também não compareceu. Devido às ausências, o presidente da comissão decidiu convocá-los para a próxima reunião ordinária, ainda sem data definida.

Público
Representantes dos moradores da região criticaram a falta de medidas mitigadoras amplas na região, que em breve terá shopping center, além de, futuramente, o empreendimento da Log e até um cemitério. Para o membro da Azon–Copa Pirituba, Cleto Vitor da Silva, a CET entra em contradição quando fala em reais melhorias feitas no entorno para minimizar os impactos no trânsito, além de não ter havido consenso com a comunidade que mora próximo aos  empreendimentos. “Não houve alargamento da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, e muito menos a conversa com a população que vai sofrer com os futuros impactos”, afirmou.

Marília Ferraz, do Grupo de Trabalho de Meio Ambiente (RNSP), cobrou a falta de manifestação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente perante as alterações que já estão sendo feitas no local. “É importante que a população se manifeste, mas o poder público também precisa agir. A obra precisa parar”, destacou.

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