Vereador aborda problema das áreas contaminadas

Aurélio Nomura fala na reunião da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade sobre os passivos ambientais deixados pelo parque fabril paulistano
condominio
O vereador Aurélio Nomura apresenta amanhã (quinta-feira) às 11h na reunião da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade, na Câmara Municipal de São Paulo, o preocupante panorama sobre as áreas contaminadas em São Paulo, assunto que motivou o projeto de Lei de sua autoria (de nº 00076/2013), estabelecendo o prazo de 18 meses (prorrogáveis) para descontaminação de áreas com passivos ambientais. O objetivo do PL é acelerar a recuperação das áreas contaminadas deixadas pelo parque fabril paulistano.

“Por ausência de normatização ambiental, as décadas de 1950, 1960 e 1970 deixaram fartas manchas de poluição, em especial a contaminação do solo de São Paulo”, afirma o vereador. Ele cita como exemplo os casos da Shell, na Vila Carioca; da Novartis e Bayer, na Bacia do Jurubatuba e, mais recentemente, do Condomínio Barão de Mauá (foto da home e ilustração) onde os condôminos foram expostos a contaminantes enterrados no subsolo do local onde funcionava a antiga Cofap.

“Casos surgem todos os dias. Porém, não há marco regulatório para os responsáveis quando o assunto é prazo”, destaca o parlamentar. “O PL visa corrigir os danos e tornar São Paulo uma Metrópole mais sustentável e zelosa para com a saúde dos munícipes”, completa o vereador Aurélio Nomura.

4.131 áreas de risco
De acordo com números da Cetesb existem na Capital 4.131 áreas contaminadas e que oferecem altos riscos à população. O Relatório de Áreas Contaminadas da Prefeitura, atualizado em janeiro, revela cerca de 300 pontos com esse tipo de problema, alguns em regiões nobres como as Avenidas Paulista e Giovanni Gronchi.

“Mas esses números podem ser bem maiores. Ainda há muitas áreas contaminadas onde hoje estão condomínios e que são desconhecidas pela Cetesb”, alerta o parlamentar.

O consultor ambiental Fernando Pinheiro Pedro, em entrevista à Revista Free, denuncia a existência de 108 pontos clandestinos de bota fora na Capital. Mais grave ainda é a notícia publicada no jornal O Estado de São Paulo (edição de 04/03/2013) segundo a qual 1.200 pessoas ocupam uma área contaminada por gás metano, com risco de explosão.

Crédito das imagens: Cetesb

 

 

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