Política contra drogas

Aurélio Nomura preside Audiência Pública para debater a Política Municipal sobre Álcool e outras Drogas

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O Projeto de Lei nº 271/2018 enviado pelo prefeito Bruno Covas à Câmara Municipal de São Paulo com o objetivo de instituir a Política Municipal sobre Álcool e outras Drogas em São Paulo, foi tema de Audiência Pública realizada na manhã da última sexta-feira, 22 de fevereiro, no Auditório Prestes Maia, pela Comissão de Constituição e Justiça e presidida pelo vereador Aurélio Nomura.

Dados da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social mostram que em 2015 foram listados 15.905 pessoas identificadas como moradores de rua na cidade de São Paulo. Com uma taxa média anual de crescimento de 4, 1% ao ano, entre 2000 e 2015 e mantidas as condições desse período, a população estaria hoje, próxima a 17.000 pessoas.

O uso de drogas e álcool é alto, embora haja também diferenças importantes. Assim, 16% dos moradores de rua declararam não fazer uso de drogas ou álcool, 31% afirmaram fazer uso somente de álcool, 14% unicamente drogas e 39% mencionaram uso conjunto de drogas e álcool.

De acordo com a chefe de gabinete da secretaria de Governo, Tarcila Peres, este projeto é fruto de muitas experiências e de observação deste grande problema que temos na nossa cidade. “A dimensão deste problema em São Paulo é ímpar e somos referência nacional no tratamento dos usuários. Neste projeto tentamos trazer, depois de muita reflexão e com base na prática, o que realmente acreditamos que vai ajudar a vencer este desafio”.

O projeto propõe a intersetorialidade e regionalização das ações e a transparência de informações entre todas as secretarias municipais. Com base nisso, a representante da secretaria da Educação, Marcia Matsushita, informou que a Educação já realiza trabalhos de prevenção vinculado com a secretaria da Saúde, o programa Elos para crianças de 6 a 10 anos e o Programa Tamo Junto para crianças de 13 e 14 anos. “Precisamos ensinar a criança a dizer ‘não’, fortalecer diante do grupo e lidar com a diversidade. Trabalhamos com a redução de danos”, explicou.

O coordenador de Saúde do Programa Redenção, Arthur Guerra, falou que no início desta gestão havia 2 mil pessoas nas cenas de uso, hoje este número caiu para 420 pessoas. “Temos um trabalho importante junto às escolas olhando para a prevenção e o mais importante é o trabalho feito em conjunto com as demais secretarias”, relatou.

Arthur Guerra ainda falou da importância de programas ligados à Cultura e ao Esporte. “Temos quadros muito complexos e esta política é essencial para que este programa tenha sustentabilidade”.

Rosane Bertahud, coordenadora de Gestão do Sistema Único de Assistência Social, falou do alto índice de jovens entrando no mundo das drogas cada vez mais cedo. “É muito difícil convencer as pessoas a saírem desta situação. Chegamos a abordar a mesma pessoa 80 vezes, mas talvez não conseguimos oferecer o que esta pessoa precisa, por isso trabalhamos com a prevenção e com o cuidado do núcleo familiar”.

Conheça o Projeto de Lei nº 271/2018 aqui.

 

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