Fechamento da Escola de Jardinagem é tema de reunião da Comissão Extraordinária do Meio Ambiente

Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente afirma que não vai encerrar as atividades, mas participantes da audiência pública criticam a falta de diálogo com a comunidade

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O suposto encerramento das atividades da Escola Municipal de Jardinagem, localizada no Parque do Ibirapuera, foi tema de debate na reunião realizada hoje (21/11) pela Comissão Extraordinária Permanente do Meio Ambiente, presidida pelo vereador Aurélio Nomura. Para a discussão, compuseram a mesa o diretor do Depave (Departamento de Parques e Áreas Verdes), Milton Persoli; os diretores da Escola de Jardinagem, da Universidade Aberta do Meio Ambiente da Cultura de Paz (Umapaz), Vitor Lucato e Maria José Andrade Filha; e o diretor da Divisão Técnica da Escola de Jardinagem, João Castro Júnior, órgãos da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA).

Além do fechamento da escola, foram discutidos o futuro do curso de Jardinagem oferecido pela instituição e a falta de documentação sobre o assunto.  Na oportunidade, os representantes da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente garantiram que as atividades da escola não serão encerradas.

Segundo diretor do Departamento de Parques e Áreas Verdes, Milton Persoli, a informação de que a escola seria fechada não é verdadeira. Persoli explicou que o prédio onde o curso é ministrado será reformado, e as aulas serão transferidas para o imóvel onde funciona a Umapaz. “Deixei claro para a Comissão da mesa e para as pessoas que estavam participando que o que está acontecendo é momentâneo. Trabalhamos em uma situação bastante complicada para poder manter o curso sob essa condição física do prédio, mas agora é possível porque o prédio da Umapaz já tá pronto e estamos fazendo, temporariamente a transferência dessas salas de aula do curso para o prédio Umapaz”, concluiu.

Segundo a diretora do Departamento de Educação Ambiental, Maria Jose Andrade Filha, o intuito da secretaria é aumentar o número de vagas e de cursos, além de descentralizar essas ações que só são feitas dentro do Ibirapuera. Ela acrescentou que a ideia é também ampliar a oferta do curso e reduzir a espera por vagas, que atualmente é de seis meses. “Queremos colocar em prática o planejamento de 2014, uma vez que a escola terá uma nova sede, que possui mais estrutura para comportar ainda mais alunos”, afirmou Maria.

A expectativa da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente é que a reforma comece em janeiro de 2014, e que o novo espaço seja entregue em 12 meses.

Diálogo

A falta de diálogo e documentos que comprovem as ações de reforma e futuro das aulas do curso de Jardinagem no Ibirapuera causou revolta no público presente. A ex-aluna da Escola de Jardinagem, Shirley Maria Maciel, solicitou à Comissão e à Secretaria mais transparência nas ações e um documento que mostre todo o processo de retorno das aulas para o antigo prédio da Escola de Jardinagem, após sua reforma.

O vereador Aurélio Nomura (PSDB), presidente da Comissão do Meio Ambiente na Câmara, disse que o colegiado vai acompanhar as atividades da Escola de Jardinagem até que as melhorias sejam concluídas. “Na realidade, o que estamos vendo é a falta de diálogo ou falta de sintonia. Então, nos propomos, diante de todos vocês, assumir o compromisso de cobrar os responsáveis, caso haja qualquer mudança ou alteração sobre esse assunto. Tudo será comunicado a essa Comissão, e ela realizará uma audiência pública com todos os envolvidos para discutir esse problema extremamente sério e delicado para a cidade de São Paulo”, ressaltou o vereador.

O parlamentar destacou, ainda, que a Escola de Jardinagem de São Paulo é considerada a mais importante do Brasil nessa especialidade, e uma das mais importantes do mundo. “Por isso é preciso preservar e lutar para a sua manutenção”, concluiu o vereador Aurélio Nomura.

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