Comissão do Meio Ambiente constata irregularidades nos empreendimentos em Pirituba

Visita técnica começou pelo Tietê Plaza Shopping e percorreu região da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães cujo trânsito, já caótico, sofrerá grande impacto se todas as obras já planejadas forem construídas

Tiete-Plaza-Shopping_0514aA Comissão Extraordinária Permanente de Meio Ambiente, presidida pelo vereador Aurélio Nomura, realizou hoje (24/02) visita técnica ao Tietê Plaza Shopping e outros empreendimentos previstos para serem construídos nas proximidades e que vão impactar ainda mais o já caótico transito na Avenida Raimundo Pereira Magalhães, em Pirituba.

Convidados para participar da vistoria os representantes do DSV e da CET não compareceram. Os técnicos dos dois órgãos serão chamados para audiência pública a ser convocada pelo vereador Aurélio Nomura para que detalhem as medidas mitigadoras e compensatórias exigidas para a construção do shopping . “Queremos saber o que foi exigido e o que foi feito pelo empreendimento”, cobra o parlamentar. “Por exemplo, nos foi dito na audiência pública do dia 14 de novembro do ano passado que a Avenida Raimundo Pereira Magalhães seria alargada, mas na visita pudemos perceber que o shopping está em pleno funcionamento, porém o alargamento da via não ocorreu”, constatou o vereador Aurélio Nomura.

Os dois técnicos da Secretaria Municipal de Licenciamento, órgão responsável por liberar os alvarás de construção, em nada contribuíram para ajudar a determinar o real tamanho da área construída do shopping Tiete Plaza que, conforme anunciado, é de 49.978 metros quadrados. Segundo eles, a equipe de profissionais que acompanhou todo o processo desse empreendimento está de férias. “Nossa intenção era reavaliar a metragem exata do shopping, pois é no mínimo estranho que por apenas 22 metros quadrados a obra livrou-se de apresentar o RIVI (Relatório de Impacto de Vizinhança), que é obrigatório a partir de 50 mil metros quadrados”, ressaltou o vereador.

 

Os técnicos da SEL também relataram que a antiga laje corporativa do Banespa, próxima ao shopping, ainda está em processo de análise, mas na visita ao empreendimento puderam verificar que no local já existe até placa da MRV Engenharia anunciando breve lançamento de imóveis residenciais.

“Fomos verificar ainda a questão do cemitério, que começou a ser implantado, mas foi embargado por estar numa Zona de Proteção Ambiental (Zepam) e, portanto, de uso restrito”, comentou o vereador Aurélio Nomura. “Mas também na Avenida Raimundo Pereira Magalhães, o que nos chamou a atenção foi o projeto de construção de 36 torres de apartamentos que, segundo fomos informados, o incorporador pretende aprovar por etapas. E já nos adiantaram que a empresa protocolou na Prefeitura a construção das seis primeiras torres”, afirmou o presidente da Comissão de Meio Ambiente.

Na última etapa da visita técnica da mobilidade na região Oeste, os integrantes constataram mais irregularidades nas imediações da Estação Piqueri, da CPTM. “Ali, existe um acesso para quem sai da estação, que na verdade é um corredor estreito com 2 mil metros de extensão cercado por muros altos dos dois lados. Nessa passagem não há o mínimo de segurança, causa medo aos transeuntes que a utiliza e onde vem ocorrendo assaltos frequentes. O estranho é que a rua do outro lado do muro é publica, mas teria sido formalizada para uso de um condomínio ali existente e que tem restringido a passagem dos pedestres. Também outra rua que dá acesso à estação está com restrição de passagem e é ladeado por um muro com 5 metros de altura construído por um supermercado”, apontou o vereador.

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